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| (Foto por: Mariana Barreto) |
Como de costume, viajei no meio do ano pra casa de minha avó materna. Estava eu e minha família no quintal desfrutando do cheiro da natureza. Engraçado que lá tudo parece de outro mundo. As frutas parecem mais doces, as árvores parecem mais verdes, as flores parecem ter cheiro de poesia. A paisagem é realmente outra.
Fico impressionada como as pessoas conseguem viver aqui na cidade, muradas. Lá até os muros parecem mais bonitos. Ficamos sentados, horas, na escada do fundo da casa, olhando pro céu, completamente azul, e chupando lima. Eu, particulamente, prefiro laranja, acho lima meio amarga, mas lá até de lima eu gosto.
Mas o assunto aqui não é a lima. O que me impressionou, também, foi ver a sintonia que existe nas coisas. Eu estava entrando em casa pra pegar minha máquina pra tirar foto de uma melancia linda (mesmo sabendo que essa foto ia servir apenas pra encher a memória do meu computador), quando olhei para o varal e avistei um simpático casal de pregadores. Eles aparentavam estar mais apaixonados do que muitos casais (humanos) que eu vejo por aí. Fiquei tão encantada que esquecí a melancia e fiquei tirando foto dos pregadores.
Fiquei imaginando como deveria ser a vida daqueles dois. Lá de cima, aonde eles estavam pendurados, a vista parecia ainda mais linda, sem falar nos passarinhos que passavam cantando as mais lindas melodias. O incrível é que eles eram dois.
Apesar de meu número da sorte ser 7, eu tenho uma quedinha maior por números pares. Acho lindo quando tudo se completa, quando tudo tem o número certo, quando nada sobra. Aqueles dois pregadores eram ainda mais incríveis pelo fato de serem um par.
