domingo, 9 de setembro de 2012

Uma carta ao vento

  Sem noção do que aconteceria ou poderia surgir no meio da história. Uma página foi arrancada. Roubaram um livro da minha biblioteca. Roubaram um pedaço da minha mão. A mão direita. A mão que eu escrevo, que eu me despeço. A mão que eu bato. A batida que dói e fere profundamente. Quem apanha? Nunca ganho. Nunca venci uma batalha assim. Tão medíocre, tão nojenta. Uma guerra fria. Uma frieza que eu escondia. Um sorriso que eu admirava mas fugiu, saiu, partiu. A vida riu. Eu não ri. Seria cômico, se não fosse trágico. Se não fosse triste. Se a estrada não fosse tão sombria, eu seguiria. Eu arriscaria. O perigo é doloroso nesse caso. O amor é uma alternativa falha. O amor é uma rua sem saída. Mas eu nunca quis sair mesmo.

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