sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Só sei um pouco

  Mas talvez a vida siga. Sem pressa, nesse barco que faz tudo, menos navegar. Nesse carro que faz tudo, menos andar. Nesse avião que faz tudo, menos voar. Nesse tempo que faz tudo, menos parar. Em uma vida tão corrida de quem nem lembra de amar. Quem sabe. Ninguém. Em um texto confuso, misturo tudo o que eu queria ser. Em um texto sem rumo, despejo tudo o que eu queria ter. E a alma, com pressa, caminha nas ruas dessa cidade esquecida. Tão esquecida quanto eu, que só lembro de mim. Escondida com um véu, que não tira nem para ir no jardim. No jardim que enterra sua alma morta, calada. Agora calma, por poder descansar.

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