sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mente só

  Cheiro meu. Agora desapareceu. Fugiu, correu. Sem querer, cai. Tropecei, com a cara no chão. Não, não diga: "sabia que ia dar nisso." Uma bagunça infeliz. Ri de mim. Escondido. Amei. Escondido também. Não ligo, nem te digo. Foi um imprevisto. Previsível, clichê. Estava parada. Comecei a andar. Devagar. Andei, andei. Droga, cai. Levantei rindo, disfarçando. Tinha gente olhando, todo mundo vendo. Sorri. Estava mentindo. Não queria dizer que és lindo. Ri novamente. Só mostrando os dentes. Nem te falei que eu não queria ir, com medo de você não chegar.  Nem te expliquei que eu talvez não fosse, porque eu já estava lá. E lá eu fiquei, olhando pra vida, que ria de mim, impiedosamente. E chorei um pouco, só pra regar a alma. Depois ri novamente, enganando a mente, fingindo estar contente. 

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