domingo, 22 de julho de 2012

Qualquer coisa

  Não quero entender. Só quero viver. Sério. Não faço questão de nada. Só da felicidade. Só de um arco-íris no meio da cidade. Só um beijo, sem vaidade. Só dez anos de idade. Não quero saber tudo. Só o necessário. Só o importante, o interessante. Agora que voltei, quero que fique. Só uns minutinhos. Só o suficiente. Só o tempo de matar a saudade. Ainda que ela não morra. Ainda que o tempo corra. Contra nós. Ainda que não dê tempo. Mesmo com tanto vento. Quero que fique. Quero um pouco do som do seu silêncio, que é como um acalento para meu coração confuso. Quero que sente e chore, por esse amor que não morre e que da gente corre. Quero que ande devagar, pra eu te acompanhar. Nessa estrada, sozinho você não pode andar. A viagem foi longa, mas aqui estamos, com tantos planos. Vamos nos juntar? Que essa vida é quase um engano pra quem só sabe sonhar. Por onde andei, enquanto você estava parado, com os olhos fechados, sem niguém pra te guiar? Por onde andei, enquanto comigo você não podia estar? Perdi o mapa, mas sei perfeitamente aonde eu quero chegar. E enquanto eu não chego, fecho os olhos e vou sonhar.

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